segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Fim

"Morto amado nunca pára de morrer."
Mia Couto

E as saudades nunca páram de acontecer. Dizem que o tempo cura tudo, mentira. O vazio que fica não tem remédio. Dói menos, mas ainda dói. O tempo não apaga todas as lembranças boas e ruins que vivemos. Você continua lembrando e há uma hora que você lembra de como só aquela pessoa te entende. E aí você faz o que com tudo isso quando quer ligar para sua tia, e puxa, ela não está mais lá? Era o fim, é o fim. Você tem que aceitar que aquilo tudo acabou, fim. Mas as saudades, ah, as saudades...saudades, saudades, saudades, saudades, saudades.






Só hoje eu consigo entender porque a rua do cemitério da Bela Vista, em Osasco, se chama rua da Saudade.

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