Costumo falar para minhas amigas que o amor não é uma coisa fácil. Amar não é nem um pouco fácil. Ter uma relação saudável significa investir - e muito. Mas achar o amor e amar (ser amado então...) não é nenhum um pouco fácil. Detectar aquele sinal perfeito, amar alguém pelo que se é e não pelo que se espera deste alguém é complicado. Mas dá para descomplicar um pouquinho.
Este tal de amor, é um bichinho até que fácil de se entender, que me perdoeem os cientistas que ficam estudando this crazy litlle thing called love. Eu to longe de fazer um lead sobre o assunto, mas já sei algo que pode ajudar a compreender, viver e, se for o caso, tratar o danado: são os tipos de amor.
Se estivesse que ter um endereço, o amor estaria no parque de diversões mais próximos. Não, o amor não gosta de pegar fila (embora a gente costume pegar muita para encontrá-lo), mas ele é tão contrário a si mesmo que só pode morar num lugar tão cheio de emoções e diferenças como o Six Flags. Isso porque ali ele pode ser dois brinquedos completamente distintos.
O primeiro, claro, é a Montanha Russa. Você nunca sabe o que vai ser na próxima curva, se vai te embrulhar o estômago ou se simplesmente acaba. A Montanha Russa é uma grande aventura, cheia de altos e baixos, adrenalina a mil. Quem nunca ficou esperando uma ligação durante horas e horas? Ou sentiu vontade de vomitar ao descobrir que era traído e só você não sabia? Ou ainda, ficou rindo descontroladamente, num misto de alegria e medo sem saber qual seria o futuro da relação? Mas, que acima de tudo, se divertiu horrores e se lamentou (ou foi uma tortura tão grande que deu graças a Deus) por que acabou?
Em qualquer parque do mundo, a fila da Montanha Russa sempre estará cheia de jovens. Adolescentes empolgadissímos loucos pela primeira dose de emoção forte que se pode ter. Por isso você pode pensar que o amor da Montanha Russa é para os mais novos. Os mais novos, é bom dizer, tem mais identificação com este tipo de brinquedo, estão mais dispostos a se descabelar dentro de um carrinho de 200 km/h. Mas não são os únicos: basta um olhar mais atento para encontrar homens e mulheres na faixa dos 30, 40, 50, 0, 70... isso porque todo mundo quer dar uma voltinha na Montanha Russa, sentir aquele friozinho na barriga. Se você tiver tempo e entrevistar um por um, vai descobrir certamente um que vá naquela atração toda semana, simplesmente porque gosta da sensação. Ou alguém que quer experimentar pela primeira vez, enquanto tem gente que está ali só para acompanhar um filho, sobrinho, neto.
Bem, longe dali, num daqueles cantos do parque que só se acha com a ajuda de mapa, guia e GPS, está uma montanha mais singela, mas igualmente gostosa: senhoras e senhores, sejam bem-vindos à Montanha Encantada, aquele mesmo onde é gostoso navegar, onde os sonhos são a realidade e é estar sempre a sorrir e a cantar! Ali, no meio daqueles bonequinhos mecânicos, naquela água calma, o barquinho que imita um tronco de árvore faz um tour pelos contos de fada. E assim pode ser o amor: calmo, doce, tranquilo. Onde você pode levar os filhos, sobrinhos, netos, avôs e avós. Um modo de ser em que você tem certeza que a vida sempre será como é, as mãos sempre estarão dadas, apesar dos (poucos) solavancos que se têm. E estes mesmos solavancos dão um friozinho na barriga, apesar de não serem tão fortes como os da Montanha Russa.
Na fila da Montanha Encantada há famílias levam as crianças uma vez por ano e acham graças nos mesmos bichinhos, dão risadas da mesma coisa sempre. Mas a Montanha Encantada não é de “velhos”: tem sempre turma de adolescente, que está ali para rir, se divertir, lembrar das doçuras da infância. Este amor rotineiro, esta segurança e bem estar são os maiores responsáveis pelas risadas duradouras, pelas piadas que são entendidas por toda a família.
E assim é o amor: ele pode ser bom de todos os jeitos. E pode ser fácil, desde que se identifique que tipo de brinquedo você quer ir. Se você está na fase da Montanha Russa, vai fazer o que na Montanha Encantada? Se você gosta de Montanha Encantada, para que investir num relacionamento que só vai dar frio na barriga?
De qualquer forma, é sempre bom pegar a fila e andar nos dois, nem que seja uma vez na vida. Não apenas para se ter idéia do que se quer, mas para entender também que o amor, apesar dos diferentes percursos, sempre nos leva para o mesmo lugar. Por isso, o mais importante é saber como se quer chegar.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
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4 comentários:
Aí que está a parte difícil...
Segurança ou Adrenalina?
GAROTA! VOCÊ JÁ FOI AO SIX FLAGS?
iiiiiiivy, cadê vc?
Bjs
Dá uma olhada:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1904200905.htm
Beijo.
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