domingo, 9 de novembro de 2008

Por que o scarpin é O sapato

Seguindo a linha dos Delírios Fashions (ops, categoria a ser criada!), vou descrever a minha outra paixão do guarda-roupa feminino, o scarpin.(Abre parênteses: Iria dizer que não sou nenhuma Imelda Marcos mas me dei conta de que este exemplo está velho demais. Fecha parênteses.) Enfim, não sou nenhuma Carrie Bradshaw (ou pelo menos não como gostaria), mas eu tento e tenho váriosss pares nas minhas araras.

Quer dizer, acho melhor não. Vou colocar aqui o texto da Joanna de Assis sobre os nossos fetiches (competimos para ver quem tem mais pares), que é um dos meus favoritos dela:

Coisas de mulher...

É vermelho, cor de sangue. Textura suave, material de primeira linha. Quando vi, fui atraída instantaneamente. Não resisti ao rubro que cintiliava na vitrine.

Muitos olhares femininos se lançavam cobiçosos, mas eu tinha reparado primeiro em toda a sua exuberância italiana. Conseqüência da impulsividade, o levei para casa. Morram de inveja, mulheres. Ele é meu!

Não é sempre que me acompanha, afinal, ele foi feito para ocasiões especiais. Foge da regra, rompe o comum. E ainda por cima era meu, de desenho assinado por um dos mais respeitados estilistas. Há quem achasse que se tratava de uma extravagância. Mas seu charme está exatamente em seu ar estrambótico. Só é preciso cuidado para usá-lo.

O conforto que me proporciona é relativo. Devo confessar que me aperta, como se quisesse consumir aquele pedaço de carne. Mas sua beleza e majestade são insuperáveis. O que é a dor perto de algo como aquilo? Onze centímetros de puro prazer. Ai! É capaz de levar qualquer mulher às alturas.

Dá-lhe, Scarpin Vermelho...

Este texto foi escrito para uma aula do Wellington e eu encontrei uma cópia dentro do "Notícias do Planalto" dela há dois anos. Eu tô numa vibe de desenterrar tão forte que daqui a pouco vão me acusar de exumação de textos...

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