Achar vaga de carro em São Paulo para mim é a mesma coisa que achar um oásis no meio do deserto: você anda para um lado e pro outro, cansada, tem que dar mil voltas no quarteirão para encontrar um lugarzinho (se o seu carro for grande como o meu, esquece então) para chamar de seu (e do flanelinha, que acha que realmente é o dono da rua e pode lhe cobrar pelo uso dela). Qual não foi a minha surpresa em encontrar uma vaga, assim, de primeira, na Ministro Godói. Pela primeira vez na vida não tive que subir a Bartira e nem procurar um canto na Monte Alegre ou na Homem de Mello. Mesmo que tivesse dado a volta, certamente teria encontrado.
Sai dali, dei a volta e subi a Cardoso de Almeida, que, estranhamente, não tinha aquela fila de ônibus gigantesca atrapalhando a segunda, a terça, a quarta, a quinta e a sexta. A João Ramalho fluia que era uma beleza, passei no sinal de primeira (normalmente espero três vezes o sinal ficar verde para chegar a minha vez). Comecei a achar aquilo tudo muito estranho. Será a terceira guerra mundial? Corinthians na final do campeonato da segunda divião? O Rossi dividiu o trânsito em São Paulo com as mãos? Não, era o horário mesmo! Estava me sentindo a mais desavizada quando olhei no relógio, eram 19h em Brasília. Não, não tinha nada de errado com o horário e sim com a data, era 8 de julho. Perdizes fica esquisamente tranquila em Julho...
quinta-feira, 10 de julho de 2008
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