Vida Amorosa?

No meio da pauta, a estagiária vem falar comigo, pedindo conselhos. Achei que era algo sobre que curso fazer ou se ela deveria viajar ou não para o exterior. O diálogo:

- Ivy, você é casada?
(Comentário: ao invés de fazer uma pergunta mais simples, tipo você namora ou sai com alguém, ela já chuta o balde e pergunta se eu tenho a maior e mais alta condecoração que uma mulher pode ter, um marido?)
- Não, não sou.
- Mas você tem namorado pelo menos?
- Não, não tenho.
- Mas você tá saindo com alguém?
- Olha, no momento, eu to cobrindo campanha. E quando você cobre campanha, bem, você não tem muito tempo para a sua vida pessoal ou qualquer assunto recreativo, como namorar.
- Tá vendo? Que horror! Tá vendo!
(Comentário: eu não estava vendo nada)
- Fofolete, que passas?
- Esta nossa profissão! Eu tô há cinco fim de semanas sem folgar! Eu trabalho 15 horas por dia. Eu não tenho tempo de sair. Não tenho tempo de nada. Quem vai querer me namorar?
(Comentário: eu pensei a mesma coisa! Mas como ela estava mais desesperada que eu, tentei ajudar)
- Olha Fofolete, tem repórteres que namoram, umas até casam.
- Ah é, quem?
- Ah, eu tenho umas amigas casadas.
- Quantas?
- Ah, duas.
- Tá vendo Ivy, duas. Você só tem duas amigas casadas. E você é superpopular! E só tem duas amigas casadas!
- Calma Fofolete. Olha, você, eu e todas as outras repórteres fofoletes vamos arrumar um namorado. Eu agora mudei o meu target, já que eu só trabalho vou pegar menino do trabalho. Lógica da R.
- Ivy, você já trabalhou na minha redação. Você trabalha em redação! Não tem homem nas redações! Faz alguma coisa?
- Fofolete, calma. Você ainda nem se formou, é seu primeiro estágio...
- E se em estágio já tá assim e quando eu for efetivada?
- Calma Fofolete, você vai arrumar um bofe para você.
- Ai, um bofe normal né? Porque bofe de redação ninguém merece né?
- Ninguém merece, ninguém merece...

Isso tudo porque a fofolete não sabe da minha teoria de que repórteres em geral tem um poder especial para afugentar seres do sexo oposto heteros.