terça-feira, 17 de junho de 2008
Rasgando seda?
Eu adoraria conhecer quem inventou esta expressão, rasgando seda. Seda é um tecido caro, mas tão caro, que só doido mesmo para rasgar. Sim, porque elogiar sempre sai mais barato. Mesmo.
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Um comentário:
A sabedoria popular costuma resumir seus ensinamentos em diretos e provérbios, quase sempre ligados a acontecimentos da vida cotidiana, mas sua permanência na memória depende dos registros escritos. Com a frase acima, não se deu diferente. Foi sempre sinônimo de elogios exagerados e está presente numa das comédias do fundador do teatro de costumes no Brasil, o dramaturgo Luís Carlos Martins Pena (1815-1848), em cena na qual um vendedor de fazendas vai à casa de uma moça para cortejá-la e, como pretexto, oferece-lhe alguns panos "apenas pelo prazer de ser humilde escravo de uma pessoa tão bela". Retruca a moça: "Não rasgue a seda, que esfiapa-se".
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