quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Estranho no Ninho
Eu não sei como surgiram os gays. Que eu me lembre, eles sempre existiram, desde a Grécia antiga. Então, não sei como nem por que um dia eles foram parar dentro do armário. Não faz sentido ter que esconder uma coisa que sempre existiu! Os homossexuais existem desde que o mundo é mundo. E vão existir sempre.
Não me lembro bem, mas lembro que li no Museu do Sexo de Amsterdan que um capitão grego tinha dito que todo bom militar precisava de um ou dois meninos. Se naquela época eles andavam entre os demais, se eram considerados responsáveis pelo sucesso de um militar, como eles passaram a ser minoria? Não sei se eles eram maioria ou meio a meio, mas pelo menos deveriam ser respeitados naqueles tempos. E hoje não são.
Tanto não são que tem que se enrustir. Ficar no armário. Convivo com um gay enrustido e vejo o quanto ele é infeliz. E fico me perguntando por quê, sendo que hoje as coisas estão tão liberais. Como eu sou tola não? Que sociedade é esta que uma cantora de sucesso (que até agora ainda não acabou...) pede pra Deus livrá-la de ter um filho gay? O filho dela tinha que ser macho! Senhor...
Eu li uma entrevista do Bruno Chateaubriand dizendo que as pessoas da sociedade tratavam ele bem para parecer descoladas e politicamente corretas. Ter amigo gay é moda, é chique, é fashion. Ai vem a cantora e a modelo e dizem que amam os gays, que convivem com os gays e tals, só não querem que os filhos sejam. Eu não amo os gays, eu amo gente de bem. Eu não vou amar um gay se ele for mal caráter e fofoqueiro. Mas vou amar se ele for leal e honesto. Tenho muitos amigos assim, que, por um acaso são heterossexuais. E também homossexuais.
Ok, ok... elas amam os gays só porque eles são gays. Mas que tipo de gays elas amam? Eu não entendi como os gays entraram no armário, mas sei que saíram com força total de uns anos pra cá. Como o ser humano odeia o que é diferente, repudiou os gays. Aí quando viu que não tinha mais jeito, inventou um esterótipo para o tipo ficar aceitável, que é a bicha alegre, purpurina, fashion. Pára tudo!
Não é de me espantar que o menino não queira sair do armário. Afinal, se se assumir significa ser uma bichinha, ai que amor, ele não tem escolha a ser diferente. E se ele simplesmente não for assim? Se não for da personalidade dele? Se ele prefere esportes a moda, o que que tem? E se ele prefere homem a mulher, e dai? Só por que ele gosta de homem tem que gostar de rosa também? Sexualidade não é número do Mc Donald's, pede um e vem o outro automaticamente.
Quando eu morava nos States, o Willian me falou que levava vários mega top blaster executivos... gays. E eles eram de boa, falavam grosso, usavam terno e gravata, nada afeminados. O Willian achava aquilo legal, porque, ele não precisava ser afeminado para ser gay.
Só que, pelo jeito, ninguém pode ser simplesmente gay. Afinal, a cantora e a modelo que amam gays, sonham em ter um Stanford, o marido gay da Carrie Bradshaw, ninguém quer ter um amigo Brokeback Mountain. Afinal, glamour mesmo é andar com um careca de óculos feio como o Stanford, não um gostoso como o Heath Ledger.
Eu não sou mãe, mas entendo as mães. E não julgo esta moça que falou isso porque, mesmo estando grávida, ela ainda não é mãe. E mãe que é mãe quer a felicidade do filho, tá pouco se fudendo do que ele gosta ou deixa de gostar. O que tem são umas que sucumbem à pressão social e deixam o filho de lado. E outras que pensam que homossexualidade no filho dos outros é refresco. Oh mundinho... Mas tem umas que vão à parada gay marchar com seus filhos. E era destas que eu queria ouvir resposta à esta cantora e a modelo que dizem "Deus me livre ter um filho gay!". Se todas as mães pensassem como ela, a cantora não teria amigos gays para amar porque, se Deus escutasse os pedidos destas mães, não haveriam gays (para certos pedidos ele deve ser mesmo surdo)!
E os direitos humanos, cadê?!
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